PENSAR FORA DA CAIXA

O conceito está longe de ser um a novidade e seu uso ganhou diferentes formas ao longo do tempo. O primeiro significado surgiu no meio publicitário e indicava uma renovação no processos criativos. Mas hoje é comum ouvir pessoas usando esta expressão de maneira pejorativa para indicar aqueles que elas julgam serem ignorantes, inflexíveis e conservadoras, ou seja, que não pensam fora da caixa.

Convido você agora a pensar fora da caixa na forma primeva da expressão.

O ato de pensar fora da caixa é também um ato de liberdade?

  

Muitos também dão este tipo de conotação quando ouvem esta expressão, pois se pensar do lado de fora representa ser livre então a caixa é como uma prisão.
Com vislumbres como este a caixa vai se tornado intelectualmente um ambiente claustrofóbico.
   
  Para compreendermos melhor vamos por um instante imaginar como é viver e pensar "dentro de uma caixa" destas. De imediato eu, pela literalidade vejo uma imagem exatamente como esta aí de cima, um espaço limitado que dificulta qualquer movimento. Mas sabemos que isso é apenas uma metáfora e no lugar do corpo físico devemos colocar uma mente. Isso nos leva a uma outra reflexão, mais abstrata e que nos mostrará o confinamento do pensamento livre e dos sonhos, a restrição das possibilidades e da expansão delas, uma miopia natural dum olhar que nunca enxergou distante, uma cognição desfalecida. Assim em resposta à pergunta do inicio digo que sim.

   Contudo o maior problema para nós é que sempre ao imaginarmos desta maneira a caixa, em resposta a toda aquela sensação negativa das imagens que formamos para ilustrar o pensamento confinado. Somos quase que condicionados a um tipo de efeito "catapulta" e queremos mais é nos lançarmos para fora da caixa. Sem perceber que o que a caixa representa (dentro do contexto da expressão) são os nossos paradigmas, a nossa maneira de ver o mundo e a realidade que nos cerca. Até onde abandonar isso seria de alguma maneira benéfico?   
  Ao usarmos esta expressão contra uma pessoa para defini-la como conservadora, inflexível ou ignorante é preciso antes pensar sobre a caixa. Qual a caixa que enclausura aquela pessoa?

QUAL  CAIXA  ENCLAUSURA VOCÊ?

  A tentativa de responder esta pergunta irá remete-los

àquelas convicções mais inflexíveis e inegociáveis. Por certo religião e a política ocuparão o topo da lista por sua maior

abrangência na formação de paradigmas e por servirem de base para outros paradigmas fracionados. Teísta, ateísta, de esquerda ou de direita não importa, tudo isso e toda sua maneira de perceber a realidade, se estruturará em volta de cada ser humano como quatro paredes duma bela CAIXA.  

  A partir daqui penso que o que mais importa mesmo é saber com o que você irá construir sua caixa porque se é claro e obvio que todos os nossos paradigmas é que formam as paredes das caixas, então todos temos uma.



AFINAL AS CAIXAS SÃO BOAS OU RUINS?

Na minha linha de raciocínio elas são indispensáveis, pois não contem somente as paredes feitas daquilo que eu penso e acredito como sendo a verdade, há também um chão feito daquilo que me sustenta. Então chego a pensar que o mau disso tudo não é pensar dentro da caixa, olhando para tudo aquilo que me diz quem eu sou e para aquilo que me mantem firme. Mas quando alguém fecha a tampa de sua caixa e a lacra por dentro. Fecha-la é a condenação.

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   As minhas convicções a respeito de Deus por exemplo representam sempre a minha base, meu chão  e aquilo que me mantém e particularmente falando, minha caixa nem mesmo tem aquelas abas superiores sabe......ééé.....posso trocar minha caixa por um vaso? 
  E então me imaginar ser nutrido pela palavra de Deus, crescer e me tornar neste mundo uma bela muda, ser colhido por Cristo naquele grande dia e me tornar arvore no reino de Deus?

Abraço.